segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

tenho como certo 
que o que é certo 
é duvidoso
é penoso
é enganoso.

e que a minha certeza 
não é mais certa
que a de nenhum outro

a palavra é um sopro, 
um instante, 
um momento
retê-la não faz sentido
quando já uma outra aponta
na ponta da língua

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Quisera guardar as sementes
Como se possível fosse!
Foi- se uma 
Foi- se duas
Foi- se três
Ah...Essa foice tão afiada...

domingo, 11 de janeiro de 2015

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

a tarde cai.
ainda há tempo de colher no jardim
um ramo de girassóis
um lugar comum dentro do papel
não faz nenhum pássaro voar

simples assim...

quando cai a chuva
e você está sol
tudo se ilumina

tenho me empenhado
(não juro porque é pecado)
deixar as entrelinhas de lado

quero terminar o bordado.

o rosa e o azul no mesmo vaso
eu e você no mesmo espaço
o domingo floreou no mês de novembro
entre chuva, sol, poeira e vento

uma desarrumação de letras
compõem meus versos
tal e qual me vejo no espelho

falta àquela casa
um canteiro de girassóis

sonhei borboletas tantas
mas acordei e não as vi no meu jardim

a palavra tem peso e medida
na boca que a fala
pra mais ou pra menos.
repara...

entre palmas e cuspidas
vamos vivendo a vida
nesse mundo tão perfeito
o que é errado? o que é direito?

aconteceu assim
de o mar secar de repente
nos olhos dela
e o que era azul
virou cor de terra

a paz reside numa tarde de sons cotidianos
no reconhecimento de um espaço próprio
de um seu lugar dentro do espaço infinito